A relação entre o consumo de carne vermelha processada e o desenvolvimento de doenças neuro cerebrais

Estudos recentes têm mostrado uma ligação preocupante entre o consumo de carne vermelha processada e o aumento do risco de doenças neuro cerebrais, como a demência e o declínio cognitivo.

Publicado em janeiro deste ano, o estudo realizado pelo Brigham and Women's Hospital aponta que reduzir o consumo de carne vermelha pode ser incluído nas diretrizes alimentares para promover a saúde cognitiva.

Um estudo analisou dados de 133.771 profissionais de saúde e descobriu que o consumo frequente de carnes processadas, como bacon, cachorro-quente e salame, pode aumentar o risco de demência em até 13%.

Os pesquisadores apontam que substâncias nocivas presentes nesses alimentos, como nitratos, gorduras saturadas e sódio, podem contribuir para o estresse oxidativo, inflamação e resistência à insulina, fatores que estão associados ao declínio cognitivo. Além disso, o consumo de carnes vermelhas não processadas também foi associado a um risco maior de declínio cognitivo subjetivo.

Esses achados são importantes porque destacam a necessidade de uma alimentação mais saudável e balanceada para proteger a saúde cerebral. De acordo com o artigo, mais pesquisas são necessárias para avaliar a aplicabilidade desses achados a populações com diferentes origens étnicas.

Começar pela Segunda Sem Carne pode ser um bom primeiro passo

A Segunda Sem Carne é um movimento global que propõe a redução do consumo de produtos de origem animal, começando com um dia da semana. A iniciativa estimula as pessoas a repensarem seus hábitos alimentares e a descobrirem novas possibilidades à base de vegetais.

Além dos benefícios ambientais e para a saúde cardiovascular, a adesão à Segunda Sem Carne pode ser uma estratégia simples e eficaz para proteger a saúde do cérebro. De acordo com o artigo, por exemplo, a substituição de 1 porção diária de carne vermelha processada por nozes e leguminosas foi associada a uma redução de 19% no risco de demência.