Cuidando do cérebro: os riscos de medicamentos e estratégias para evitá-los
- Broto Botica

- 3 de abr.
- 2 min de leitura
Os antidepressivos e medicamentos para insônia têm um papel crucial no tratamento de diversas condições de saúde. Esses medicamentos alteram a química cerebral regulando neurotransmissores como serotonina e dopamina, ajudando no manejo de depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), dor crônica, distúrbios alimentares e insônia.
Entretanto, seu uso prolongado pode levar a efeitos colaterais, como ganho de peso, disfunção sexual, insônia ou sonolência, náusea, tontura, boca seca e tremores.
Além disso, estudos indicam que medicamentos para insônia, como hipnóticos-Z (zolpidem, eszopiclona) e benzodiazepínicos (diazepam, clonazepam), podem aumentar o risco de declínio cognitivo e demência. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em São Francisco revelou que o uso frequente de tais medicamentos elevou o risco de demência em até 79% em idosos, especialmente brancos, ao longo de nove anos.
Riscos ocultos dos medicamentos
Os antidepressivos, ao regular neurotransmissores, podem impactar funções além do humor, incluindo a cognição e a memória. Por exemplo, a redução do sono REM, causada por alguns antidepressivos, prejudica a consolidação da memória e a saúde cerebral.
Em longo prazo, essas alterações podem contribuir para declínio cognitivo e problemas de aprendizado. Benzodiazepínicos, por sua vez, têm efeitos sedativos que, se usados de forma contínua, podem levar à dependência e prejuízos cognitivos.
O papel transformador da alimentação para proteger o cérebro
Adotar uma dieta equilibrada pode ser uma estratégia eficaz para promover o bem-estar mental e proteger o cérebro. Alimentos ricos em ômega-3 (peixes, nozes e sementes) melhoram a função cognitiva e o humor.

O triptofano, presente em ovos, queijo e carnes magras, estimula a produção de serotonina, enquanto vegetais de folhas verdes e frutas ajudam a reduzir inflamações associadas a transtornos mentais.
Reduzir alimentos processados, ricos em açúcares e gorduras trans, também é crucial
Terapias modernas e alternativas naturais
Alternativas seguras e eficazes vêm sendo cada vez mais valorizadas. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é amplamente recomendada, pois ajuda a reestruturar padrões de pensamento e comportamento que influenciam o sono e o humor.
Especificamente para insônia, a TCC-I foca na criação de práticas que promovem um sono saudável e consistente. Outras estratégias incluem:
Atividade Física: A prática regular de exercícios melhora os níveis de serotonina e endorfina.
Técnicas de Relaxamento: Yoga, meditação e respiração profunda são excelentes para reduzir o estresse.
Suplementos Naturais: Melatonina e magnésio podem auxiliar na qualidade do sono, quando usados sob orientação médica.
Mudanças no Estilo de Vida: Estabelecer uma rotina de sono, evitar cafeína e telas antes de dormir são práticas benéficas.
Cuidando do futuro da Saúde Mental
O uso de antidepressivos e medicamentos para insônia deve ser cuidadosamente monitorado por profissionais de saúde para equilibrar seus benefícios e riscos. Explorar alternativas como ajustes alimentares, terapias psicológicas e mudanças no estilo de vida oferece uma abordagem mais sustentável e saudável para o bem-estar mental a longo prazo.
Fontes de Informação:
Universidade da Califórnia em São Francisco, pesquisa publicada no Journal of Alzheimer’s Disease
BMC Medicine: estudo sobre antidepressivos e declínio cognitivo
Estudos e recomendações de terapia cognitivo-comportamental (TCC)
Artigos sobre nutrição e saúde mental.
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